Neste artigo, você irá descobrir como financiar até 100% do seu equipamento de energia solar fotovoltaica. Aprenderá a diferença entre linhas de crédito para pessoa física e jurídica e também verá que há distinção para cidade e zona rural.
Tendência que vieram para ficar
Nos últimos anos, o uso de energia solar no Brasil aumentou em 70%. A presença de políticas públicas de incentivo (ProGD) bem como o avanço das tecnologias e da escala da produção de painéis fotovoltaicos significaram a queda do custo dos sistemas de geração distribuída.
Por ser um investimento de longo prazo, leva entre 4 a 5 anos para dar retorno, é natural que tenha custo inicial elevado. No entanto, a durabilidade elevada do sistema (30 anos para as placas e até 15 anos para os inversores) indicam um investimento seguro.
Ainda assim, muitos brasileiros hesitam em desembolsar o valor total. Para mitigar isso, os bancos criaram financiamentos visando promover a ampliação da escala de adoção dos sistemas de geração distribuída (ou auto-geração), tais como os sistemas fotovoltaicos residenciais e de pessoa jurídica. Acompanhe:
O investimento em placas fotovoltaicas é um bom investimento?
No período de um ano (jul/set de 2016 / jul/ago de 2017), a quantidade de conexões de geração distribuída mais que duplicou. Ou seja, mesmo com as grandes turbulências políticas e econômicas que o país atravessou, o uso da energia solar aumentou.
Apesar de o apelo da sustentabilidade ser um ponto forte no marketing das placas solares, o motor da difusão acelerada da geração fotovoltaica distribuída no país se deve principalmente aos retornos financeiros envolvidos no longo prazo.
Ou seja, se você instala as placas, a conta de luz diminui. O valor da diferença entre o que você paga na conta com as placas e o que você pagava antes é a quantidade que você teria disponível para pagar o financiamento.
Caso você tenha dúvidas, é interessante comparar os investimentos. Uma vez que você tenha as informações a respeito das taxas de juros que irá pagar no seu investimento em placas solares, é possível estabelecer um comparativo entre fundos de investimentos de renda fixa, tais como a poupança por exemplo.
A atratividade dependerá, é claro, da negociação com o banco e dos recursos dos quais você dispõe.
Que linhas de financiamento existem para placas fotovoltaicas?
Existem linhas de crédito disponíveis para Pessoas Jurídicas e Pessoas Físicas, dependendo da sua necessidade e perfil. Os bancos que concedem financiamento para a aquisição de estações de geração distribuída são:
Banco do Brasil
Pessoa Física
BB financiamento: permite a aquisição de bens e serviços através do Cartão Ourocard. As condições do financiamento devem ser discutidas com o próprio banco, pois dependerá da loja que oferecer o produto e das possibilidades do cliente.
Pessoa Jurídica
Micro e pequena empresa
FCO Empresarial. Voltado para pessoas da região centro-oeste, financia até 100% do equipamento a taxas de juros definidas caso a caso.
BB Crédito Empresa: busca apoiar a modernização da empresa solicitante. O faturamento bruto da empresa deve ser de até 90 milhões de reais e também oferece até 100% do valor do equipamento.
Proger Urbano Empresarial: utiliza recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e oferece a oportunidade de a empresa começar a pagar apenas 12 meses após a aquisição do empréstimo, oferecendo a possibilidade de financiar até 80% da aquisição. A condição é que proporcione geração de emprego e renda e está disponível para empresas que faturam até 10 milhões ao ano.
Empresa de grande porte
BNDES Finem: atende a empresa que busca financiamento de longo prazo para implantação, ampliação, recuperação ou modernização, de valor superior a R$ 20 milhões por empresa ou grupo econômico a cada 12 meses.
Recentemente, foi aprovado através do BNDES o financiamento da planta de energia solar de Pirapora, em Minas Gerais.
As taxas de juro para todas as linhas mencionadas dependem de negociação com o banco, assim como do relacionamento da empresa com o mesmo.
Caixa Econômica Federal
CEF Construcard: linha de crédito para compra de material de construção em lojas credenciadas pela Caixa. Ao contratar o financiamento, recebe um cartão e tem até seis meses para comprar tudo o que precisar a taxas especiais a partir de 2,5%.
CEF Investgiro Turismo: tem como alvo empresas da cadeia produtiva turística com faturamento anual de até R$ 7,5 milhões. Utiliza Os recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) são utilizados para financiar projetos de investimento fixo, com capital de giro associado ou não. É necessário conversar com um gerente da Caixa para saber as taxas de juro, mas o período de carência é de até 30 meses.
CEF Investgiro: semelhante ao Investgiro Turismo, porém voltado especificamente à modernização do equipamento e maquinário da empresa.
Santander
Santander CDC Eficiência Energética de Equipamentos
Nessas linhas, as taxas geralmente variam entre 1,5% e 2,5% a.m. e é possível conseguir prazos de até 240 meses, por exemplo na linha CEF Construcard. No caso da linha do Santander, é possível utilizar o financiamento mesmo sem ser correntista.
Produtores rurais:
CEF Inovagro e BB Inovagro: as linhas de financiamento do Inovagro apresentam taxa de 6,5% a.a. e prazo de 10 anos, sendo 3 anos de carência, com limite de crédito de R$ 1.100 milhão. Ambas contam com fundos do BNDES.
BNB FNE Sol: é destinado a projetos situados na região da SUDENE, no Nordeste do Brasil além do norte de Minas Gerais e Espírito Santo. Essa opção permite prazos de até 12 anos e taxas reduzidas que podem chegar a 7,65% a.a.
BB Pronaf Eco: também contando com fundos do BNDES, o essa linha se destina exclusivamente à agricultura e produção rural familiar, as taxas podem chegar a 2,5% a.a com prazo máximo de carência de até 3 anos.
BNDES
Para pessoa jurídica, o Banco Nacional de Desenvolvimento Social oferece os seguintes investimentos:
Cartão BNDES: o Cartão BNDES atende Microempreendedores Individuais (MEI), Pequenos e Médios Empreendedores. Com prazo de até 48 meses e taxa básica próxima a 1,2% a.m., com limite de até R$ 1 milhão, tem a condição de que o solicitante esteja em dia com os tributos e obrigações federais.
BNDES Finame Bk: a linha Finame Bk Aquisição, que apresenta prazo de até 5 anos e taxa básica de até 9,5% a.a. Para ser adquirido por meio de qualquer linha Finame, o bem deve ser produzido no país, obtendo um código nacional do programa. O BNDES oferece em seu site um mecanismo de busca para os produtos que podem ser adquiridos pelo financiamento, possibilitando sua localização pelo código Finame.
BRDE Energia: para região sul do Brasil, o Banco apoia investimentos no segmento de geração de energia limpa e renovável, com o incremento das fontes alternativas de energia como eólica, solar, biomassa e também microgeração distribuída.
As condições do financiamento (pré requisitos, taxas de juro, etc.) variam bastante conforme o contexto e com o seu perfil. A escolha da linha adequada irá depender da negociação com a instituição e com o projeto que você pretende financiar. Busque sempre informações atualizadas.
Consulte-nos para saber mais! Ficaremos felizes em ajudar você a aprovar seu projeto de geração de energia solar.