
A poluição por sacos de plástico tornou-se um enorme problema ambiental, levando algumas cidades e países a taxar ou proibir os sacos. Mas e se as sacolas plásticas usadas pudessem ser transformadas em produtos de maior valor?
Pesquisadores relataram um novo método para converter sacos plásticos em chips de carbono que poderiam ser usados como anodos para baterias de íons de lítio. Muitos sacos de plástico são usados apenas uma vez e depois descartados, acabando em aterros sanitários, oceanos e em outras partes do ambiente, onde podem levar centenas de anos para se decompor. Os cientistas há muito reconhecem que o polietileno em sacos de plástico pode ser uma fonte barata de carbono que armazena energia.
No entanto, os métodos anteriores para o ciclo de polietileno em carbono puro foram ineficientes ou exigiram processos caros e complexos. Vilas Pol e seus colegas queriam desenvolver uma abordagem mais simples, porém eficiente, para converter lixo plástico em materiais úteis contendo carbono.
Os pesquisadores mergulharam sacos plásticos de polietileno em ácido sulfúrico e os selaram dentro de um reator solvo térmico, isso fez aquecer a amostra logo abaixo da temperatura de fusão do polietileno.
Este tratamento fez com que grupos de ácido sulfónico fossem adicionados ao esqueleto de carbono-carbono de polietileno de modo a que o plástico pudesse ser aquecido a uma temperatura muito mais elevada sem vaporizar para gases perigosos.
Em seguida, eles removeram o polietileno sulfonado do reator e o aqueceram em um forno em atmosfera inerte para produzir carbono puro. A equipe aterrou o carbono em um pó preto e o usou para fabricar anodos para baterias de íons de lítio. As baterias resultantes tiveram um desempenho comparável às das baterias comerciais.